Drogarias: apesar das dores da pandemia, as oportunidades se mostram promissoras

As farmácias e drogarias estão continuamente inovando em um esforço para se adaptar à nova realidade trazida pela pandemia, reforçado pelas políticas regulatórias da ANVISA, características demográficas e desenvolvimento tecnológico. As tendências de saúde e bem-estar têm grande influência sobre novos modelos de negócio, que abrangem desde formatos de loja até estratégias de marketing, focados na busca por maneiras criativas e rentáveis de personalizar a experiência de varejo. Os consumidores buscam mais opções de compras pela Internet e pelo celular, enquanto os consumidores mais fiéis exigem serviços personalizados e diferenciados.

Para onde o mercado está indo?

O segmento de varejo farmacêutico ainda está amadurecendo.

Houve um primeiro movimento de concentração em grandes grupos, entre os quais podemos citar a Raia Drogasil, Grupo DPSP (Drogarias São Paulo e Drogaria Pacheco) e a Rede Pague Menos. Mas ainda é um setor pouco concentrado, com muitas oportunidades para o setor.
Há dois grandes perfis de negócios no setor: as farmácias populares – onde o preço é o grande atrativo – e as farmácias com entrega de maior valor ao cliente, com maior sortimento de produtos e serviços, que alavancam o volume de negócios e as margens.
No segmento dos consumidores, as compras online estão contando com soluções e aplicativos que estão provocando uma “disrupção” nos modelos tradicionais de negócios. As entregas em domicílio, ou na modalidade buy online/pick-up on store, estão se popularizando. Os consumidores estão também aprendendo a identificar drogarias com programas de fidelidade, comparar preços e consultar disponibilidade de produtos. E o principal: os concorrentes estão a um toque da tela do celular ou do notebook.
Neste cenário, a questão que se coloca é: quais oportunidades se apresentam para aumentar as vendas, a fidelização de clientes e a rentabilidade do negócio?

Podemos destacar:

1 – Gestão de estoque

A ruptura de produtos nas farmácias é crítica: via de regra, na falta de um dos remédios procurados, o cliente deixa de comprar todos os demais produtos de uma receita – e vai para outra farmácia. Isso gera uma perda de vendas.
Esse ponto precisa ser melhor explorado: muitos atacam as consequências de um estoque mal gerido – a ruptura – ao invés de atacarem a causa – a gestão de estoques.
E isso não pode acontecer: a gestão do estoque está diretamente ligado à logística: o que está “dentro de casa” deve estar totalmente disponível ao cliente.
Dentro dessa premissa, trabalhar-se uma malha com logística entre as lojas, que se transformam em Centros de Distribuição locais, com plataformas que gerenciem os prazos de validade e a disponibilidade dos produtos na rede de uma maneira adequada, leva a ganhos significativos nas vendas aos clientes. Isso aumenta a venda e diminuí a ruptura.

2 – Personalização, retenção e fidelização de clientes: crescimento de vendas

A personalização é uma tendência irreversível de mercado e que gera um crescimento importante na venda. Do lado da oferta de produto, trabalha-se os itens não-medicamentosos como fator de fidelização dos clientes.
A fidelização dos clientes, por sua vez, gera vendas recorrentes e permite-se personalizar estratégias de marketing, praticar-se o marketing preditivo, suportados por ferramentas de CRM e Business Intelligence, integrados por plataformas com bancos de dados únicos, sem silos de informação de qualquer tipo. E sempre atentos às diretrizes impostas pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais -LGPD.

3 – Digitalização: uma oportunidade na melhoria na gestão, com maior rentabilidade

O processo de digitalização é o grande pilar sobre o qual as grandes mudanças do modelo de negócios do varejo farmacêutico está permitindo:

1. Personalização de atendimento a clientes – prestação de serviços, ofertas direcionadas, fazer o cliente se sentir único através de ferramentas de CRM e plataformas de BI acopladas á inteligência artificial
2. Digitalização – integração do canal físico e digital, APPs
3. Robotização e automação dos processos, automação do chão de loja, contando com ferramentas especializadas em otimização de processos, previsão de ruptura de estoque, Churn, CAC, LTV, Analytcs, Análise de Ruptura, Priorização de clientes.

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