Vivemos em um mundo caracterizado pela instabilidade e complexidade, onde a antecipação de soluções e a perspectiva futura são cruciais. Agilidade e velocidade são importantes, mas sem controle, a velocidade perde seu valor. E neste aspecto, a governança corporativa desempenha um papel crucial no equilíbrio desse dinamismo.
Para navegar nesse ambiente empresarial dinâmico, é essencial surfar e enfrentar transformações de grande magnitude, incorporando conhecimento, experiência e coragem. A sabedoria, informações, baseada em dados, e conhecimento é fundamental para entender o significado por trás das incertezas, enfatiza Diogenes Carvalho Lima no Programa de Formação e Certificação de Conselheiros da Board Academy Br .
A execução do planejamento estratégicoinicia com o diagnóstico (saber ouvir, entender e decifrar) da empresa, assim como entender as tendências e oportunidades de mercado. Seguido pela construção e criação de OKRs (Objective Key Results), culminando na implantação, teste, lançamento e ajustes necessários. Desta forma, definem-se as prioridades para os próximos 3 ou 5 anos, priorizando onde focar, manter ou interromper ações e investimentos (em categorias e regiões), como por exemplo: prioridade de inovação, plano comercial, ações para atrair e reter talentos.
Contudo, em pequenas e médias empresas (PMEs), a barreira cultural em relação ao planejamento estratégico é evidente. Neste contexto, a empresa será acompanhada de uma mudança cultural, pois haverá alterações dos responsáveis pelas tomadas de decisões, que muitas vezes o empresário ou sócios não estão preparados e habituados para estas situações. É um trabalho de muito esforço, com a necessidade de “formar” toda esta estrutura organizacional, sócios e conselheiros.
A sala do conselho emerge como o centro das decisões estratégicas, priorizando a visão dos acionistas, a definição de competências-chave e aprovando as metas SMART provinda da diretoria. Enquanto a diretoria concentra-se no ambiente de negócios, na competitividade e na análise de cenários (SWOT e PESTAL), recursos e riscos, atuando com expertise na comunicação e engajamento dos diversos públicos.
Três tipos de estratégias são fundamentais:
A primeira é baseada em olhar o retrovisor, ou seja, consertar o Passado: Re-Ação (Redução de Custos), Reengenharia e downsizing. A segunda consiste em prever o futuro: Pro-Ação (Projeção do Cenário), buscar melhor posicionamento. E a terceira é de Criação de Futuro, (apple, uber, Netflix,…). E o desafio consiste na comunicação eficaz destas estratégias em todas as camadas da empresa.
As Competências Estratégicas Chaves, segundo a London Business School, incluem Excelência Operacional, Capacidade de Comercialização, Marketing & Comunicação, Gestão de Pessoas, Relacionamento com Clientes e Inovação & Tecnologia. Uma análise aprofundada dessas competências, especialmente no contexto da cadeia de supply chain, é vital.
Ressalta-se que a execução do planejamento estratégico é tão importante quanto o planejamento em si. Focar no essencial, atuar nas medidas de direção, manter os indicadores envolventes e criar uma cadência de responsabilidade são fundamentais.
E a análise de riscos abrange categorias globais, operacionais, financeiras, regulatórias, estratégicas, cibernéticas, e governança e prudência. Os conselheiros devem prioritariamente concentrar-se nos riscos estratégicos de baixa probabilidade e alto impacto.
Nesta jornada, a tomada de decisão é fundamental, e administradores e conselheiros devem estar preparados para os desafios. Erros comuns incluem demora na tomada de decisão, agir com emoção, centralização das decisões, aversão ao risco e deslocamento da realidade.
Para contribuir na tomada de decisão, é essencial compreender o valor para os acionistas e stakeholders, assim como monitorar os indicadores de desempenho (KPIs). Enquanto isso, os principais desafios enfrentados pelas empresas incluem questão de confiança, competência, aceleração de vendas, solução para fluxo de caixa, implantação eficiente de novos projetos e unificação de objetivos entre acionistas.
As expectativas destas decisões em curto, médio e longo prazo incluem o desenvolvimento do plano estratégico, reestruturação organizacional, gestão profissional, aumento do EBITDA, reconhecimento no mercado nacional e regional, e definições de metas inteligentes (SMART).
Conclusão
O planejamento estratégico a ser implantado inclui o reconhecimento da essência da empresa, a formação de uma equipe de alto nível, a definição dos objetivos estratégicos e metas SMART, e o acompanhamento com a transparência e ética são essenciais neste percurso.
Pilotar uma empresa é complexo, sujeito a inúmeras turbulências. E o conselho consultivo contribui na orientação experiente com tato e prudência; focando nos riscos estratégicos, operacionais, financeiros, regulatórios, cibernéticos, governança e reputação. E certamente, ajudará a alcançar seus objetivos, tornando-se um ativo valioso para a empresa.
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Referências
· Lima, Diógenes (2024). Planejamento Estratégico, Gestão de Riscos e Tomada de Decisão. Programa de Formação e Certificação de Conselheiros – Board Academy.
· Porter, Michael(2005). Estratégia Competitiva: Técnicas para Análise de Indústrias e da Concorrência.”
· Richard Rumelt, Richard.(2011) “Good Strategy Bad Strategy: The Difference and Why It Matters.”