Para muitas empresas a solução para sair da crise está no investimento a inovação. Algumas organizações mantiveram ou ampliaram o seu investimento em inovação, é o que afirma Eduardo Fusaro, diretor da Strategy&.
O percentual das empresas que investem mais que 5% da receita liquida em P&D cresceu de 20% a 24%. O levantamento foi feito entre mais de uma centena de empresas.
Para muitas pessoas a inovação pressupõe coisas futurísticas, porém para as empresas que que possuem uma visão inovadora, ela está ligada diretamente a questões práticas e já se incorporou no dia a dia dos negócios.
“A empresa que não incentiva uma cultura de risco pode ficar obsoleta”, afirma João Carlos Brega, presidente da Whirlpool para América Latina.
Segundo ele, com a rápida evolução tecnológica, um dos grandes desafios é reduzir o ciclo de desenvolvimento e lançamento de produtos.
A inovação se tornou umas das três prioridades para 85% das companhias e para 20% das companhias que participam do ranking de inovação do “Valor” a inovação é a principal estratégia para sai de uma crise econômica.
“É na crise que as práticas inovadoras se mostram mais valiosas. Quem ficar de fora da transformação digital perderá tempo e competitividade”, afirma Rafael Aynome, líder do centro de pesquisa Global da GE na América Latina.
Com a crise o recurso financeiro sofreu uma queda, o orçamento do Ministério da Ciência e da Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) foi reduzido em 40%. Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encolheram 40% em 2016.
Diante disso a maneira de inovar ganha novos contornos. É cada vez mais frequente a parceria de empresas com instituições tecnológicas e de pesquisa, universidades e ONGs. O envolvimento de Startups com grandes empresas também vem crescendo com o decorrer do tempo
Para Fusaro, da Strategy&, essa estratégia além de diminuir riscos de acabar com investimentos, reflete a complexidade do que precisa ser inovado.
Fonte: Valor julho 2017