Em 2016 o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações sofreu um grande impacto com a crise financeira que ocorreu em nosso pais, devido ao fato de a verba imposta pelo governo reduzir 44% em relação ao início do ano.
Diante disso, houve um impacto negativo para os órgãos que incentivam à inovação, como a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que registrou uma queda nos desembolsos de 2016 que ficou 40% inferior a 2015.
Porém, no primeiro quadrimestre de 2017 notou-se uma recuperação, com alta de 13% nos desembolsos em relação ao mesmo período ao ano de 2015.
O BNDES oferece linhas de financiamento com participação de 14 fundos que focam em empresas com tecnologia inovadora e investimentos de 174 companhias com o objetivo de promover startups.
Como resultado dessa recuperação de investimento, a FINEP lançará um programa “Finep Startups”, com aporte de R$ 50 Milhões em startups voltadas ao impacto da sociedade ou do meio ambiente.
O programa terá o limite de R$ 2 Milhões por empresa, há possibilidade de que esses recursos sejam diluídos entre 30 e 40 Startups. Para as empresas mais consolidadas a Finep oferece também o programa “Finep Inovação” que disponibilizara um valor mínimo de R$ 10 Milhões, com juros fixados pela TJLP e prazos de carência até quatro anos.
O contrato envolve a empresa Embrapii, Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, que atua como gestora e repassadora dos recursos públicos, à empresas parceiras e centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Em média, a Embrapii investe 33% dos recursos, os centros de pesquisa investem 21% de recursos não financeiros (Infraestrutura, salários dos pesquisadores e know-how) e a empresa participa com 46%.
Esse projeto já está sendo implantado em empresas de grande porte como: Votorantim, Embraer, Fiat, Volvo e Samsung.
O foco principal agora é direcionado à Startups, ou seja, por intermédio de parceria com o Sebrae será possível integrar uma Startup com um projeto em andamento desde que haja aprovação da empresa parceira.
A meta para é alcançar 42 unidades e superar a barreira do ano passado de R$ 400 milhões investidos em 300 projetos
A FAPESP, Fundação de Amparo à pesquisa no Estado de São Paulo, é outro grande financiador, aportando até 1% de toda a arrecadação tributária do Estado de São Paulo em seus programas.
“Nos tempos de crise, aguça o interesse das pequenas empresas pelo desenvolvimento de novos projetos”, declara Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp.
Fonte: Revista Valor publicada em Julho 2017