Neste artigo iremos falar sobre a experiência de consumo dos clientes e como as soluções arquitetônicas estão se posicionando nesse novo desafio.
Em um mundo cada vez mais massificado, as pessoas estão à procura de experiências únicas e impactantes, que façam a diferença em suas vidas. Experiências que compartilham valores comuns.
Sob a pressão das mudanças de comportamento do consumidor, da urbanização e da digitalização – incluindo a pressão do ecommerce – o varejo passou a se conscientizar que o seu futuro depende da criação de experiências.
Realmente este ano a Euroshop foi fulminante ao adotar uma visão holística do seu negócio, o varejo funde diferentes segmentos e sensações – da localização ao conteúdo. E o mero posicionamento físico dos produtos em gôndolas já não é suficiente.
O varejo online pode ser algo mais conveniente e prático, mas com muito menos divertimento. Nas operações online são perdidas experiências emocionais que somente um varejo físico pode oferecer.
Neste momento, entra a arquitetura, materializando a visão holística do negócio, focando nas dores e expectativas dos seus clientes, em torno de um propósito. E essa materialização é traduzida na criação de micromoments significativos e multissensoriais. Sabores, fragrâncias, layouts flexíveis, texturas, iluminação, meio ambiente são alguns exemplos. A mescla de materiais na composição do ambiente foi marcante este ano, com a coexistência de metais, tijolos, bambus, concreto, fibras de carbono encantando a experiência do consumidor.
Na Euroshop 2020 fica claro que estamos vivendo um modelo de disrupção do varejo. Os consumidores parecem ter se cansado de ambientes com padrão de acabamento impecável, milimetricamente alinhados e com iluminação padrão.
A “rusticidade” na arquitetura: uma tendência que veio com força na \euroshop 2020
Acabamentos rústicos para paredes ,remetendo a paredes antigas, com trincas e tijolos expostos ou, até mesmo, com musgo nos vãos, são oferecidos por folhas de fibra de vidro com esses tipos de padrão. Eles permitem o envelopamento de paredes e pilares, com placas de fibra de vidro cenográficas. Os resultados são surpreendentes.
Um fabricante europeu lançou uma chapa de fibra de madeira 100% natural – inclusive, a resina aglomerante. O destaque é que ele faz com musgos e plantas 100% naturais, deixadas intencionalmente sem acabamento para remeter à rusticidade. Uma vez processada, essa chapa passa a emitir odores de sua matéria prima bastante agradáveis.
Os pisos acompanham a mesma tendência. Ladrilhos hidráulicos falsamente envelhecidos, assim como placas de hardboard, seguem essa tendência. Até mesmo houve um lançamento de um novo modelo de tapete com aparência de tapete desgastado para harmonizar com o ambiente.
E a personalização chega aos pisos!
Novas tecnologias permitem à você definir a padronagem do piso como quiser – de fotografias a texturas de todo o tipo. Essa nova tecnologia abre uma série de novas possibilidades. Por exemplo: a padronagem do piso ser a mesma de um detalhe de uma luminária, ou do tecido de um sofá.
Acompanhe nossos posts e se surpreenderá com estas tendências!
Fonte: Artigo de Uirá Watanabe Falseti e Alexandre Quintella