As palavras de Francine Pena Póvoa foram muito inspiradoras no Programa de Formação e Certificação de Conselhos do Board Academy Br , sobre a Transformação do Capitalismo de Shareholders para o Capitalismo de Stakeholders, com o intuito de Maximizar o Impacto além do Lucro.
O modelo tradicional de Capitalismo de Shareholders, centrado na maximização do lucro para os acionistas, não mais satisfaz as complexas demandas da sociedade contemporânea. Surge então o conceito do Capitalismo Consciente, uma abordagem que visa não apenas lucros, mas também o bem-estar de todas as partes interessadas, harmonizando os interesses divergentes.
Neste novo paradigma, as empresas reconhecem que são parte de um ecossistema maior e que devem considerar não apenas os interesses dos acionistas, mas também dos funcionários, clientes, comunidades, meio ambiente e demais stakeholders, como o Planeta Terra por exemplo. O Capitalismo Consciente integra a sustentabilidade social e ambiental nas estratégias de negócio, reconhecendo que a prosperidade econômica está intrinsecamente ligada ao bem-estar humano e à preservação do planeta.
A urgência dessa mudança de paradigma é evidenciada pelas crescentes ameaças e desafios que enfrentamos, tais como a mudança climática, desinformação, polarização política, crises econômicas e ataques cibernéticos. A pandemia global, em particular, expôs as fragilidades do sistema econômico atual, destacando a necessidade de uma visão de longo prazo que leve em conta a sustentabilidade e a resiliência dos negócios.
No entanto, apesar do reconhecimento crescente da importância das questões ESG (Ambiental, Social e de Governança), muitas organizações ainda enfrentam desafios na implementação efetiva dessas práticas. Existe um paradoxo entre a conscientização sobre a importância do ESG e a falta de preparo para lidar com essas questões nos conselhos corporativos. A diversidade nos conselhos é identificada como uma alavanca essencial para impulsionar avanços significativos nessa área.
As iniciativas de ESG são impulsionadas por três Cs: Conveniência, Constrangimento e Convicção no Capitalismo Consciente. As empresas devem identificar os riscos associados às questões ESG e buscar oportunidades que não apenas mitiguem esses riscos, mas também agreguem valor ao negócio, como acesso a novos mercados, desenvolvimento de novos produtos e fortalecimento da reputação corporativa.
A mudança de paradigma rumo ao Capitalismo Consciente não é apenas um discurso retórico, mas uma transformação fundamental na cultura e nos valores organizacionais. Os líderes devem se perguntar qual impacto desejam ter no mundo e se sua presença é verdadeiramente benéfica para a sociedade. O propósito deve ser o guia das estratégias corporativas, ancorando as decisões em princípios éticos e sustentáveis.
Além disso, a liderança consciente, caracterizada pela inteligência sistêmica, emocional e espiritual, amor, integridade e serviço, é fundamental para promover uma cultura organizacional que promova o propósito e as estratégias corporativas. A cultura de uma empresa, formada pela liderança, determina sua capacidade de adaptar-se e prosperar em um mundo em constante mudança.
Assim, ao adotar os princípios do Capitalismo Consciente e priorizar o bem-estar de todos os stakeholders, as empresas não apenas maximizam seu potencial de lucro, mas também geram impacto positivo na sociedade e no meio ambiente, promovendo uma economia mais justa, sustentável e inclusiva.
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Referências:
- Póvoa, Francine – CApitalismo Consciente (material de estudo do Programa de Formação de Conselheiros Consultivos da Board Academy – PFCC16)
- Mackey, John; Sisodia, RAJ. Capitalismo Consciente 2018