Os últimos avanços críticos do COVID-19 – #coronavírus – em todo o mundo não está poupando nenhum país, nenhum setor de atividades. Como não poderia deixar de ser, as operações de #varejo são diretamente envolvidas, na medida em que, com sua capilaridade, são responsáveis por provir à população insumos básicos para a própria sobrevivência, como alimentos, remédios e vestuário.
Para facilitar a compreensão de como o coronavírus está impactando o segmento no Brasil e no mundo, seguimento este assunto em cinco frentes distintas:
Na #economia – o fluxo reduzido de pessoas está afetando diretamente a geração de caixa dos varejistas, fruto da redução drástica do número de consumidores. Países como os Estados Unidos e Alemanha, por exemplo, estão desenvolvendo linhas de crédito para capital de giro, e já negociam com os bancos o alongamento das dívidas, caso esse problema persista;
Na produção – o coronavírus fez a sociedade perceber algo que passou ileso nos últimos anos: a sino-dependência. De repente, nos demos conta o quão dependente somos de produtos e insumos chineses. A #globalização criou uma nova vulnerabilidade na cadeia produtiva;
Nos recursos humanos – as campanhas de conscientização, o combate às fake news e uma maior atenção às condições de salubridade fizeram com que os funcionários do varejo passassem a receber uma maior atenção e cuidado por parte das empresas;
Na experiência de consumo – na restrição de deslocamento das pessoas, muitos clientes passaram a testar as ferramentas de #e-commerce e compras por aplicativos – de supermercado – comida- à remédios. Antes as pessoas não tinham tanto interesse assim para conhecer esse tipo de solução, que vai muito além de fazer ligações por telefone para se pedir uma pizza.
Nos meios de pagamento – processos que não exijam contato físico – como pagamentos por aproximação via celular ou smart watch – podem crescer exponencialmente, antecipando uma tendência que apenas começa a ser sentida no Brasil.
O significado chinês da palavra “crise” tem uma percepção popular muito difundida, ou seja, algo relacionado ao risco e à oportunidade. Sob esse ponto de vista, o varejo brasileiro pode trabalhar essa crise provocada pelo coronavírus com novos formatos de negócio.
Nesse segmento vejo possibilidades realmente interessantes. O consumo das famílias responde por quase 63,4% do nosso PIB, movimentando valores absolutamente significativos.
Com isso, pode-se pensar na DIVERSIFICAÇÃO DE FORNECEDORES, por exemplo. O varejo e a #indústria de bens de consumo precisam voltar suas atenções aos fornecedores nacionais, como uma opção efetiva de negócio. Esses podem não responder, de imediato, à demanda, mas deve-se realmente pensar nesse aspecto. A criatividade brasileira está a nosso favor. Trabalhar itens como a brasilidade e menor padronização de produtos é um caminho eficaz. Afinal, são dois atributos que os produtos feitos maciçamente na China definitivamente não possuem.
Por outro lado, deve haver também um MELHOR TRATAMENTO aos recursos humanos nas empresas. Um funcionário bem capacitado e bem tratado é mais produtivo e colabora para uma maior conversão de vendas. Não podemos nos esquecer que PESSOAS COMPRAM DE PESSOAS.
E, por fim a EXPERIÊNCIA DE CONSUMO dos clientes com COMPRAS À DISTÂNCIA. É hora das empresas darem o seu melhor para oferecerem um serviço de e-commerce e de entregas de qualidade. o momento abre uma janela de oportunidade única! Os consumidores, proativamente, estão buscando por soluções desse tipo. E não são os early adopters de novas tecnologias ou a Geração Z: são consumidores que, até semanas atrás, nem imaginavam pensar em fazer compras pela internet.